10 de julho de 2008

Este inferno de amar

Porque há dias que nos sentimos assim... Confusas...

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui na alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra; o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez...-foi um sonho-
Em que paz tão serena dormi!
Oh! Que doce era aquele sonhar...
quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso
eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos airavam,
em seus olhos ardentes os pus,
que fez ela? Eu que fiz? - Não não sei,
mas nessa hora a viver comecei...


Almeida Garrett

5 comentários:

SantaRiti disse...

Desculpem a lamechice mas adoro este poema! :)

maracujá disse...

dEscULpa.........................cOmo podeS tu pediR descULpa...poR propOrcionares tãO adoravEL momentO....
faZ apErtar o peiTo esTe pOema....agradavELmentE apertadO :)
eU gostEi muitO....oBrigada peLa LamechicE qUe caiU que neM ginJa ;)

teresa disse...

Santa, nos meus tempos de extrenato que mais parecia internato, pertenci ao clube de poesia, onde num dos recitais, declamei este poema!!!!!
Também o ADORO!!!!!!
Não gozem o facto de ter sido membro do clube de poesia, O.K.!!!!

BibaRita disse...

tsunami pq haveriamos de gozar tão nobre queda que demonstras ao gostar de recitar poesia? so devemos aplaudir tamanho gosto

SantaRiti disse...

Claro que não gozamos, só não te admires é que um dias destes te obriguemos a declamar um poema.. :)